quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Em Curitiba o Plano Diretor Cicloviário prevê obras e incentivo à bicicleta



Até o fim deste ano, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) terá concluído o Plano Diretor Cicloviário, conjunto de diretrizes que vai prever a inserção da bicicleta como meio de transporte no dia-a-dia dos cidadãos curitibanos. "O objetivo é incentivar cada vez mais o uso da bicicleta", diz o prefeito Beto Richa.
A ciclovia da Linha Verde Norte, nos moldes do que foi feito ao longo do trecho sul da Linha Verde, terá 7,5km de extensão. No Eixo da Integração serão 4,2km, depois que toda a obra for implantada, e no projeto Viva Barigui, estão previstos 28,5km de ciclovias. Só estes três projetos, criam 40,2km de ciclovias. Somada à primeira ciclofaixa da cidade, que deverá ser implantada na avenida Marechal Floriano Peixoto numa extensão de 5,5km, entre o viaduto da Linha Verde e o Boqueirão, a malha cicloviária terá um crescimento, ao longo dos próximos anos, de pelo menos 45%. "Projetos importantes contam e contarão com ciclovias e além delas, o Plano Diretor prevê outras medidas", afirmou o presidente do Ippuc, Cléver Almeida.
O Plano Diretor Multimodal, em discussão atualmente no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), pretende criar uma malha cicloviária de abrangência metropolitana. O projeto do Metrô Curitibano, em fase de elaboração dos projetos de engenharia, relatórios ambientais e desenvolvimento de projetos que incluem as estações para embarque e desembarque prevê a integração do transporte público com a bicicleta. Todas as 22 estações previstas na primeira linha do metrô serão ligadas por uma grande ciclovia onde hoje passa o ônibus biarticulado do sistema expresso nos Eixos Norte e Sul. Além disso, todas elas terão uma área reservada ao estacionamento de bicicletas.
A integração dos dois modais é defendida pelo professor e diretor do doutorado em Gestão Urbana da PUC, Fábio Duarte. "É como acontece em Bogotá, onde o ônibus está atrelado à ciclofaixa ou ciclovia", exemplifica. "A integração é fundamental, quer seja ônibus ou metrô", disse. Ele afirmou que, assim como no passado o problema ambiental passou a ser um problema urbano, pautado pela cidade de Curitiba, o uso da bicicleta pode ser incentivado, como está previsto no Plano Diretor Cicloviário. "Curitiba foi importante por fazer a pauta ambiental e pode se destacar por fazer a pauta pela utilização da bicicleta", disse Fábio Duarte.
Antes da aprovação, o Plano Diretor Cicloviário será apresentado e debatido com os movimentos da sociedade civil organizada que defendem a utilização da bicicleta. E uma das primeiras medidas será a recuperação da malha cicloviária atual, que terá sinalização em toda a rede existente. Um estudo está sendo elaborado pelo Instituto de Pesquisa Urbana de Curitiba (Ippuc) em parceria com a Diretran (Diretoria de Trânsito) para o detalhamento da sinalização, que deverá atender o Código de Trânsito Brasileiro.
Outras facilidades - As melhorias na malha cicloviária da cidade, em estudo pela equipe que trabalha no Plano Diretor Cicloviário, não consistem apenas na implantação de ciclovias. Outros mecanismos poderão ser adotados para a ampliação do sistema cicloviário, como as ciclofaixas, as rotas privilegiadas, as calçadas compartilhadas, a implantação de paraciclos, a colocação de bicicletários em pontos estratégicos, a adoção de faixas cicláveis. O conjunto de ações que a Prefeitura de Curitiba deverá adotar integra o programa Pedala Curitiba e o objetivo é incentivar o uso da bicicleta pela cidade e permitir que este deslocamento seja feito de forma segura.
A elaboração do Plano Diretor Cicloviário atende ao que está previsto no Plano Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte Integrado A utilização da bicicleta como meio de transporte em Curitiba vai colaborar para a redução dos impactos ambientais da mobilidade urbana porque não produz poluição atmosférica e sonora. O incentivo ao uso da bicicleta também faz parte da política nacional da Mobilidade Urbana e integra o programa Nacional de Mobilidade por Bicicleta, que defende a inserção do modal bicicleta como forma de inclusão social, redução e eliminação de agentes poluentes e melhoria da saúde da população.
Fonte: Prefeitura de Curitiba. Acesso em 08/09/2010:

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