segunda-feira, 28 de março de 2011

OLIVIER CONTINUA SUA CICLOVIAGEM: Volta ao Mundo!


Vejam o relato dos ciclistas André Alvim e Jorge sobre o encontro com o ciclista francês, que faz a volta ao mundo, em Miracema.



 Olivier um francês que está dando a volta ao mundo de bicicleta passou por Miracema domingo dia 08 de fevereiro de 2009.


Quando estávamos voltando do Parque Ecológico Santa Rita, eu e Jorge vimos um ciclista e sua bicicleta com alforjes dianteiros e traseiros e ainda um enorme volume no bagageiro traseiro. Fizemos uma primeira abordagem, mas ele não quis parar alegando falta de tempo(todos querem saber quem é, de onde vem, para onde vai...). Na segunda tentativa falei para o Jorge dizer que também viajamos de bicicletas e aí sim ele nos deu mais atenção. Ainda conversamos andando por uns trezentos metros quando pedi para que ele parasse. Depois de nos apresentar e falarmos um pouco de nós e que pretendíamos fazer uma viagem pelo rio São Francisco, ele nos disse quem era e o que estava fazendo. Olivier é um francês que está dando a volta ao mundo de bicicleta. Ele saiu da França e passou por Espanha, Marrocos, Ilhas Canárias, Senegal, Cabo Verde e chegou ao Brasil em Salvador, atravessando o Atlântico num veleiro e nos disse que em sua viagem não vai usar nenhum meio de transporte que consuma petróleo (navio, avião etc.). Depois do bate papo inicial, o convidei para almoçar conosco e ele sorridente aceitou prontamente. Fiz um pequeno mapa de como chegar à minha casa e desci até Miracema para guardar os equipamentos vindos da apresentação do grupo Academia do Choro na noite anterior. Quando me aproximava de casa, o Olivier já estava chegando, mostrando sua excelente forma física. Em casa ele me perguntou se eu falava inglês e eu disse que não (entendo algumas palavras,mas...). Então o jeito foi fazer uma mistura de português que ele começou a falar a partir de Salvador, um pouco de inglês e até francês. Ele me mostrou o seu equipamento e contou que o grande embrulho que estava no bagageiro traseiro era um parapente. Ele também vem em busca de rampas onde pode voar, realizando o sonho que tem desde que viu o Peter Pan quando era criança.Até Governador Valadares, foram 6.518 km pedalados e 7.200 km navegando pelo Atlântico. Pouco antes de almoçar, chegou a Luísa minha sobrinha que fala um pouco de inglês e aí sim começamos a nos entender melhor. Nosso almoço durou mais de uma hora, não comemos o tempo todo rsrsrs, mas ficamos conversando bastante. Ele respondeu a muitas perguntas, mas também tirou algumas dúvidas sobre locais, estradas e ainda tradução de algumas palavras, coisa que a Luísa resolveu. Quanto à comida, ele gostou do purê de banana da terra que mamãe havia preparado e também da carne de boi cozida com batata inglesa. Quanto à carne ele perguntou: Boi? Muuuuuuuuuu? 
Agora estava chegando à hora de ele partir. Tentamos convencê-lo a ficar, mas ele meio dividido disse para a mamãe, que fez o primeiro convite, que não podia se dar ao luxo de perder a disciplina e ficar pois tem dia certo para pegar uma carona em um veleiro que o levará até a Austrália em fevereiro de 2010. Convidei mais uma vez, mas ele resistiu. Confesso que me senti um pouco culpado de tê-lo deixado partir, pois já eram quase duas da tarde quando tiramos algumas fotos, ele se despediu do pessoal e pegamos, eu e Jorge, nossas bicicletas para acompanhá-lo até a saída para Pádua. Então atravessamos Miracema. Em frente a borracharia do Zequinha e do Beto, ainda mostrei para ele o Morro Azul, onde alguns pilotos saltam de parapente. Ele ficou olhando o morro por alguns instantes e com os olhos brilhando me disse: “No, no parapente! Ir embora”. Só nos restava desejar uma boa viagem e dar-lhe um forte abraço. Jorge também lhe deu um abraço e mandou umas palavras de incentivo em português e lá se foi o nosso amigo francês dando a volta ao mundo de bicicleta. 
Para nós foi mais uma lição de perseverança e incentivo a levar adiante o projeto de pedalar pelas margens do rio São Francisco.
Acompanhe a viajem do Olivier através do site www.enrouteavecaile.com

Mais imagens do encontro e o próprio relato foram registrados no site da "Morro Azul Eventos e Som".

domingo, 27 de março de 2011

Pedal Miracema/Arraial/União/Miracema

Início da Serra de Flores - VENDA DAS FLORES - 3º Distrito de Miracema-RJ
Com o amigo Edson

As Magrelas
Marcelão se uniu a nós e foi até o Arraial pedalando no grupo
Entrando na estrada de terra
Marcelo, Felipe e João
Chegada ao sítio


André, orgulhoso dos frutos que colheu plantados com os amigos
Casinha do André no alto da serra de Flores

Felipe e sua manobra

Visual próximo ao Arraial


Chegada ao Arraial - André

João, chegada ao Arraial
Felipe na prosa com o amigo

André com Liésio, seu pai e amigo
Capela em São Sebastião da Boa Vista (Arraial)
Antiga torre de telefone
Pontal do Sinal
Visual, essa linha verde é formada por bambuzais que dividiam as fazendas
No alto da pedreira

MORA II na pedreira da Fazenda União

Trilha brava para descer


Depois da descida, bananas para repor as energias
Companhia agora montada
Resultado de um recente temporal no Barreiro
Comunidade do Barreiro
Felipe e João
Chegando a Miracema, enfim em casa

quarta-feira, 23 de março de 2011

sábado, 19 de março de 2011

Bicicleta pode ser solução para problemas de transporte urbano

No programa "Entre Aspas", da Globonews, dia 04 de março, convidados avaliaram as dificuldades e as vantagens para a popularização das bicicletas no Brasil.
O atropelamento de dezesseis ciclistas em Porto Alegre, dias atrás, reacendeu um debate intenso sobre mobilidade urbana nas grandes cidades. A mobilização dos que defendem a bicicleta como alternativa para o transporte na metrópole aumenta a cada ano, assim como a frota de veículos automotores. O resultado é uma briga desigual por espaço nas ruas que, geralmente, acaba em tragédias como a da capital gaúcha. Para debater o assunto, Mônica Waldvogel recebeu o professor da Politécnica da USP Jaime Waisman e o arquiteto e consultor em Mobilidade Urbana Ricardo Corrêa.
Assista ao vídeo do programa "Entre Aspas" AQUI.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Duas rodas pela paz



Por volta de 18:00h, uma concentração de ciclistas, monociclos, skates e bicicletas chamavam a atenção de quem transitava na Cinelândia.
Era o início da manifestação Massa Crítica, realizada ontem no Rio de Janeiro, como forma de protesto pelo atropelamento intencional de um grupo de ciclistas no último dia 25, em Porto Alegre.
O apoio às vitimas de POA trouxe para as ruas do Centro da Cidade aproximadamente 150 manifestantes, que durante duas horas reivindicaram por tolerância, gentileza e paz na convivência entre motoristas e ciclistas nas vias públicas.
O início do trajeto foi no cruzamento da Rua Santa Luzia com a Avenida Rio Branco, onde os ciclistas deitaram-se no chão para simbolizar de maneira impactante o cenário do atropelamento coletivo. Este gesto intitulado de “die-in” costuma ser usado em manifestações para representar e denunciar tipos de violência, e foi repetido algumas vezes nos cruzamentos das ruas principais do percurso.
A partir de então, uma faixa escrita “PAZ” ficou a frente do movimento, mostrando aos que passavam que não se tratava de um passeio de bicicleta, e sim, de um protesto em solidariedade aos ciclistas.
Além da faixa, a paz também foi representada pela entrega de rosas brancas aos motoristas e pedestres, garantindo em muitos um sorriso de apoio à causa.
Enquanto isso, outros motoristas expressavam a sua desaprovação através de buzinaços, reclamações e xingamentos.
Devido ao engarrafamento causado com o fechamento da rua, motos da Prefeitura com o auxilio de viaturas da PM intercederam na organização do trânsito e na segurança em todo o percurso (embora algumas vezes estes fossem os responsáveis por pequenas truculências e discussões). Dessa forma, a faixa da direita foi liberada para os veículos motorizados, enquanto a da esquerda, para a manifestação.
Um dos momentos de grande impacto visual foi a parada do grupo em frente ao Palácio Tiradentes (Assembléia Legislativa), onde os manifestantes subiram as escadas com suas bicicletas e as levantaram evidenciando a força do protesto.
Sob chuva, o grupo seguiu as ruas ao som de frases como “Um carro a menos, uma bike a mais”, “Atropelar ciclista não é acidente” e “Mais amor, menos motor”.
Além dos “gritos de guerra” que no decorrer do percurso foi ganhando fervor com o apoio de pedestres e pessoas em marquises, a indignação dos integrantes também era traduzida através de cartazes: “Ciclista não é vidente. Ligue a seta”, “Trânsito gentil”, “Você também é pedestre quando não ta no volante, respeite”.
Além das rosas brancas, panfletos foram distribuídos aos motoristas e pedestres, chamando a atenção para o direito do ciclista na utilização das vias públicas com segurança.
A manifestação que durou em torno de duas horas saiu da Cinelândia, percorreu a Rua Santa Luzia, Av. Presidente Antônio Carlos, Rua 1º de Março, Av. Presidente Vargas. Av. Rio Branco, retornando ao seu ponto inicial sob uma chuva de aplausos.

Jornalista da VeliMobi